Aqui em Minas, os versos são bordados e alinhavados...
Entre novelos, retalhos e sonhos, as costureiras e bordadeiras tecem suas histórias, em cada ponto cruzam as linhas do tempo que atravessam gerações. Elas são verdadeiras contadoras de história, se desfazem das lágrimas e sorrisos, traços de quem aprendeu dentro de casa o oficio de encantar. Experimente conversar com uma delas e verá como os contos fazem passar um filme, as tardes na roça e a beleza de ser simples, estampadas em cada verso desenhado nos panos de prato. Pois engana-se quem pensa, que os bordados são apenas desenhos. São textos construídos minuciosamente por dedos espetados. Elas são maduras, são matriarcas, são moças que vivem no seu dia a dia de trabalho a expectativa de, ao final do dia, sentar novamente à máquina de costura ou no sofá, para contar suas histórias. Pessoas assim, como a Carol Gomes, pedagoga, mãe do Theo, que sai as 17h do trabalho, pega seu filho e vai para casa sempre cheia de ideias. Ela carrega consigo os ensinamentos das mulheres da famíli